UEPB desenvolve técnica de alimentação de aves utilizando feno de feijão-guandu.

Todas as rações são constituídas de farelo de milho, farelo de soja,
 óleo de soja, premix mineral e vitamínico, além de metionina
 fosfato bicálcico (Foto: Divulgação-UEPB)
Um projeto de extensão desenvolvido na Escola Agrícola Assis Chateaubriand (EAAC) e no curso de Agroecologia do campus II da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),  na cidade de Lagoa Seca, desenvolveu uma técnica agroecológica que pode transformar a cultura de aves da região. A partir do aproveitamento do feno de feijão-guandu, após o seu plantio, tornou-se mais barata e mais nutritiva a alimentação de frangos caipiras. A técnica tornou-se eficaz por utilizar alimentos alternativos que barateiam os custos de produção das aves, utilizando produtos oriundos da propriedade do próprio produtor.
De acordo com a professora Maria Vitória Dias Carneiro, coordenadora do projeto, o feijão é plantado de forma natural, sem o uso de agrotóxicos, tornando-o um produto bastante viável economicamente e de grande valor nutricional para os frangos. “Nós fizemos um consórcio plantando milho e feijão. A parte externa do feijão, que normalmente é jogada no campo por seu valor nutritivo, foi preparada e muito bem aceita para a alimentação das aves”, explicou a professora, que detalhou como foi feito o tratamento.
“Os tratamentos foram constituídos de cinco rações diferenciadas, com 0% do feno de feijão-guandu, 5%, 10%, 15% e 20%. Todas as rações são constituídas de farelo de milho, farelo de soja, óleo de soja, premix mineral e vitamínico, além de metionina fosfato bicálcico. Nas tabelas de consumo de ração e peso dos animais, o tratamento com 10% do feno do feijão-guandu está apresentando o melhor resultado em relação ao tratamento sem a adição do feno. Ou seja, há um ganho considerável na qualidade do alimento e ele ainda torna a cultura de aves bem mais barata, já que o alimento do frango caipira está ali no próprio plantio do feijão, sem a necessidade do agricultor comprar qualquer tipo de ração”, acrescentou a docente.

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